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domingo, 13 de setembro de 2020

O papel da escrita na minha vida

Fotografia: Cláudia Freitas Ⓒ

Sendo a escrita uma forma de linguagem, esta tem um papel importante na nossa comunicação.

Aprendi recentemente que "A escrita automática é a escrita da alma."

Arrisco dizer que a escrita é o exteriorizar do que nos vai na alma, na mente e no coração. 

Sejam resquícios de uma alma rasgada, sofrida mas vivida, despojos de batalhas perdidas, projectos em construção, sonhos, desejos, preocupações ou simples devaneios... Rascunhos de luz. 

O que interessa é exteriorizar, esvaziar a mente, aliviar a alma e apaziguar o coração, mas com o descernimento da força que as mais simples palavras podem ter. 

Ao longo da minha vida, sempre tive a escrita presente, com mais ou menos frequência. Em português ou em inglês, quando escrevia nos meus diários, cadernos e blocos de notas para que ninguém pudesse ler a minha alma, pensava eu. Achava que tinha que ser tudo muito secreto, como se de uma pérola escondida na sua concha se tratasse. 

Sempre achei que não tinha grande talento para a escrita, raramente tornei público o que escrevi desde que me conheço por gente. Nunca lhe dei a devida importância. Por insegurança talvez... Por achar que as minhas palavras não eram nada de especial, e que não iriam fazer grande diferença ou chegar a fazer a diferença na vida de alguém. 

Mas de alguma forma acaba tendo sempre algum tipo de impacto. 

Já na minha escola primária a minha professora da terceira classe dizia tantas vezes que eu tinha uma mente criativa, muita imaginação. Foi ela a primeira pessoa a incentivar-me a escrever e de tal forma que me dizia que havia de escrever um livro. Na altura, levou-me a escrever de tudo um pouco. Quanto ao livro, ainda não me atrevi, mas prometo honrar as palavras de incentivo da Professora Fátima a uma miúda pequenina que sempre foi muito curiosa, devorava livros noite dentro e que ficou com o "bichinho" da escrita sem dar por isso. Obrigada. 💖

Na realidade, as nossas vivências, erros, experiências e aprendizagens tocam sempre alguém, algures, de alguma forma. Hoje sei, aceito e acredito nisso. 

Escrevo para esvaziar, aliviar a alma, aligeirar o coração, sentir o corpo mais leve e mente mais serena, para registo futuro, eternizar momentos, recordar, reviver, aprender, expandir e crescer. Sempre com humildade e abertura. 

Talvez por tudo isto, algumas pessoas à minha volta acabaram carinhosamente me apelidadando de "Estrelinha". Vou tentar continuar a brilhar e chegar onde tiver que ser. *

 

Confia na magia dos novos começos. 



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