Todos os dias somos desafiados com situações em que ou lidamos com emoção ou com a razão.
O eticamente correcto, a resposta ou reacção mais polida nem sempre acontece, não nos é permitido ou é possível...
O que poderá ter alguns dissabores. Afinal, não somos perfeitos.
Mas na verdade, ficamos a pensar que na altura não agimos da melhor forma ou da maneira que os outros acham correcto, e que não vai de encontro ao que as pessoas esperam que seja a nossa reacção...
Temos pena!
Por mais fortes que sejamos, ou que o mostremos apenas, somos humanos, erramos.
A armadura que nos protege está lá. A courança também.
Mas o que nos protege também não será que nos poderá afectar?
Provavelmente os outros também têm de entender, ou deveriam fazê-lo, ou pelo menos tentar, que nós nem sempre estamos bem, nem sempre conseguimos reagir da forma simpática e educada com que habituámos os outros, bem ou mal.
Caramba! Também temos direito a dizer asneiras, responder torto, reagir, ter uma reação emocional...
Temos o direito a não estar bem. E está tudo bem, tudo certo.
Se os outros vão gostar? Não, mas não faz mal.
Se vão saber como reagir? Claro que não! Mas sinceramente e bem lá no fundo, está tudo certo.
Quantos sapos ja tivemos de engolir?
Quantas respostas em seco já tivemos de guardar para nós? Não dar aquela resposta que nos vem à cabeça num ápice. Até poderiamos transportar os nossos pensamentos para palavras, mas o nosso bom senso retrai-nos.
Por outro lado, por vezes, é preciso mesmo dizer:
"Chega!"
"Basta!"
"Não aceito que me tratem mais assim."
E responder de forma mais acertiva.
Tomar uma posição.
A sociedade sempre nos incutiu que o estarmos mal, ou termos um dia em que "acordamos com o rabo de fora da cama" não é socialmente bem aceite. Quem diz que isto é correto? Ou que é errado?
E é isto:
Ser humano, não ficar a remoer... A auto-sabotagem, a auto-crítica, o diminuir-mo-nos, o não sobressairmos porque somos mulheres, porque o nosso chefe não vai gostar, porque o nosso companheiro não nos respeita o suficiente...
Não somos insignificantes.
Somos pessoas.
Quer tenhamos dinheiro, posição, status social, poder, riqueza, berço de ouro, independentemente do sexo, somos apenas pessoas.
A co-existir, a co-criar.
Está tudo bem.
E vai ficar tudo bem.
Respirar fundo.
(Ins) pira.
(Res) pira.
(Não) pira.
(and repeat).
(Escrito por volta das 14h00 do dia 26 de Outubro de 2020)
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